terça-feira, 3 de novembro de 2015

Ritalina, será que precisa mesmo?

A quantidade de crianças que se comporta de maneira diferente do que é considerado padrão e, por isso, é medicada, ou a de adolescentes, que toma a mesma droga para aliviar os sintomas causados pelos desafios da vida é um sinal de alerta. Hora de refletir!

Por Gisela Wajskop - atualizada em 02/11/2015 14h43
Todo mundo conhece alguém que toma Ritalina – indicada como tratamento eficaz para transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDHA). O filho da vizinha, o sobrinho da amiga, o amigo do filho e até o próprio filho... Ela também tem sido amplamente usada por estudantes que buscam melhor desempenho em provas e concursos. Pudemos constatar, recentemente, em função do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – que envolveu mais de 7 milhões de adolescentes e jovens brasileiros – que a chamada “pílula da inteligência” parece ser a bola da vez.
Diversos programas de TV, matérias em blogs e na imprensa escrita anunciaram o consumo excessivo e em massa de Ritalina, considerado como a salvação para a ansiedade de última hora. Aqui em casa mesmo, cheguei a ouvir conversas acaloradas sobre a existência de medicamentos que, magicamente, transformam a angústia que antecede testes e provas em hiperconcentração que potencializa a inteligência e a memória adolescente construída ao longo da vida estudantil.
No entanto, uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que o medicamento não beneficia a atenção, a memória e as funções executivas (capacidades de planejar e executar tarefas) em jovens sem o transtorno (e mesmo assim questiona a parcela que o tem!). Reportagens nas redes de TV mostraram adolescentes que experimentaram o revertério da droga, ficando até com mais sono após seu consumo. Essa situação lembrou-me minha adolescência, quando uns e outros buscavam em fármacos ou soluções naturais a ajuda necessária para a calma e a concentração imaginada. Perdiam um tempo incrível com isso, enquanto outros, na contramão da opção pela magia, colocavam todas as energias na tarefa, usando do sofrimento frente à realidade uma ferramenta útil contra o desafio colocado.
Com isso em mente, fui pesquisar como se diagnostica uma criança com TDHA. A coisa mais impressionante que encontrei foi uma tabela sugerida aos pais por uma associação qualquer para que eles pudessem ter uma ideia prévia da doença dos filhos. As questões iam da constatação simples de que a “criança não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas” até se a criança “sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado”.
Incrível! Mais uma vez, lembrei-me da minha experiência. Dessa vez, da infância, com uns 9 anos, quando não me mantinha dois minutos sentada na cadeira após a realização – com sucesso! – de qualquer tarefa sugerida pela professora. Num desses dias, cansada de chamar a atenção e de me enviar de volta ao lugar, armou-se de algumas tachinhas e chamou-me de volta. Qual não foi minha surpresa quando, deliciando-me com o que considerei uma brincadeira, ter sido presa por duas tachinhas na cadeira, que mantiveram as pontas da sainha escolar azul por, talvez, cinco minutos mais sentada.
A atividade docente, lembro-me bem da doçura e inteligência dessa professora, foi usada para chamar a minha atenção, não do desrespeito às normas, mas da minha capacidade de concentração. Nunca fui diagnosticada com TDHA, nem sequer fui medicada. Naquele tempo, a hiperatividade, a concentração e os interesses múltiplos eram considerados sinais de inteligência divergente e criativa. Alguns pais e muitas escolas a consideravam e, ao pregar tachinhas em saias escolares, buscavam ajudar as crianças a tomarem consciência de características pessoais de maneira a controlá-las para o melhor aproveitamento delas.
A história das tachinhas transformou-se em um mantra para mim: busco a disciplina e a concentração quando realizo qualquer tarefa. Faço isso também quando meus filhos têm alguma dificuldade: peço que pensem sobre ela como um desafio e a enfrentem como um dado de realidade. Os resultados são sempre positivos.
Minha indignação com a comercialização da Ritalina é imensa, seja pela medicalização de crianças que pensam, agem e brincam fora da curva e fora da caixa, seja pela medicalização do sofrimento, da ansiedade e da angústia em relação a desafios enfrentados pelos adolescentes. Divergir e sofrer, para mim, é só o começo de uma vida intensa, na qual algumas relações e tarefas são interessantes e outras nem tanto. Mais ainda, acredito que o sucesso frente aos desafios acontece menos na calma alucinógena de certos medicamentos e mais na ansiedade e atropelos da vida real.
fonte:http://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Educar-para-a-Vida/noticia/2015/11/ritalina-sera-que-precisa-mesmo.html

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Pais da geração Y querem ser amigos dos filhos, aponta pesquisa.

Entenda o limite entre ter uma relação de cumplicidade com os filhos e a falta de autoridade dos pais

Por Naíma Saleh - atualizada em 04/09/2015 15h46
Uma pesquisa norte-americana revelou uma nova dinâmica presente nas famílias dageração Y, também chamada de millenial: pais que desejam ser os melhores amigos de seus filhos. De acordo com um estudo de mercado realizado pela The Family Room LLC, 54% dos pais dessa geração, que hoje têm entre 25 e 35 anos, descrevem seus filhos como seus “melhores amigos”. Entre os pais da geração anterior, chamada de geração X, que está na faixa etária dos 36 aos 50 anos, esse número cai para 38%.

Entre as questões levantadas pela análise estava a natureza da interação entre mães e pais da geração Y com os filhos e como ela se diferencia da geração anterior. A pesquisa foi realizada com famílias americanas de diferentes etnias, por meio da junção de dados quantitativos e qualitativa captados pela FocusVision (focusvision.com), especializada em pesquisas estratégicas para marcas, e pela Lightspeed GMI, que conta com um grande banco de dados online.
Os dilemas da geração Y

O desejo de construir relações mais horizontais é apontado como uma das características dessa jovem geração, que troca de empregos com mais frequência, estabelece relacionamentos por meio da internet (com um teor bem mais informal, diga-se de passagem) e têm dificuldades em se sujeitar a tarefas consideradas subalternas. Esse jovens foram criados por pais que pertenceram a gerações revolucionárias (do movimento hippie, punk, do rock n’ roll, entre outros), que lutaram contra ditaduras e modelos econômicos austeros. “Eles criaram seus filhos (a geração Y) com menos regras, mais diálogo e superproteção, o que gerou adultos e novos modelos de famílias, a meu ver, mais imaturos emocionalmente, sem referências de hierarquia e limites claros”, comenta a psicóloga clínica Carmen Alcântara.
É claro que essa mudança também tem consequências positivas. Para a especialista em psicopedagogia, educação especial e neuroaprendizagem Irene Maluf, membro da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp ), a geração Y teve a oportunidade de ser criada com maior proximidade de seus pais e hoje tenta fazer o mesmo com seus filhos: “Existe uma naturalidade na relação, que deixou a antiga hierarquia na qual filhos e pais praticamente não dialogavam, o que foi bom”, comenta.
Agora que esses jovens se tornam pais, nutrem o desejo de construir uma amizadecom os filhos, têm consciência da necessidade de convívio com as crianças, querem partilhar de sua educação e de lhes dar a melhor formação possível. É claro que, às vezes, eles acabam errando na dose: “Os filhos ganham o lugar da importância central da casa, são excessivamente protegidos. Os pais lhes satisfazem as vontades, criando pessoas narcisistas, sem limites e prepotentes”, explica Irene.
Para Carmen, o que influencia esse comportamento, além da própria maneira como os pais da geração Y foram criados, é a crescente valorização do individualismo na sociedade contemporânea: em vez de se desgastarem para educar as crianças, muitos pais preferem terceirizar essa tarefa para as escolas, deixando os professores como autoridades. “Assim, torna-se mais fácil ser “brother” do próprio filho, evitando brigas e papel de 'adulto' da vez”, explica.
Dá para ser amigo dos filhos?

Sim. E é importante cultivar o carinho e a cumplicidade para com as crianças. Mas, para que elas se sintam seguras, precisam saber quem é que está no comando. Assim, os pais precisam ocupar a sua posição. “Hierarquia é fundamental para haver ordem, principalmente durante os primeiros 12 anos: daí pra frente a criança já está bastante amadurecida para o autocontrole”, explica Irene.
Em outras palavras, é essencial que os pais possam acolher as crianças com amor e compreensão, mas que ainda sejam aqueles capazes de ensinar o que é certo e o que é errado, demostrando ao mesmo tempo empatia e firmeza. “É possível ser 'pai amigo' ou “mãe amiga” desde que os filhos entendam que o “amigo” aqui é diferente do coleguinha da escola”, ressalta Carmen. Não dá para perder a identidade de pai ou mãe, por mais carinho e simpatia que se tenha pelo filho.
Como encontrar um equilíbrio?

Querer ser amigo dos filhos pode ser positivo, desde que alguns limites sejam respeitados. “É possível ser um pai carinhoso e cobrar horário do garoto para voltar para casa. É possível ser ótima mãe e verificar a agenda escolar”, explica Irene. 
Isso quer dizer que não é porque você e seu filhos se divertem juntos que o pequeno está isento de cumprir regras, de lhe obedecer ou de dar satisfação. A criança precisa disso para criar seus valores. E é melhor que ela aprenda desde cedo do que sofra quando se tornar adulta. “Há crianças que chegam ao consultório absolutamente inseguras, infelizes, desorientadas e muitas com depressão. Gritam com a mãe, dão ordens ao pai, chantageiam caso sua vontade não seja feita”, conta Irene. Crescendo sem limites e sem respeitar normas, quando a criança se tornar adulta vai ter muito mais dificuldades de respeitar as regras sociais, de receber ordens de um chefe e até mesmo de conviver com amigos - afinal, não é todo mundo que vai deixar seu filho fazer o que quiser...
fonte: http://revistacrescer.globo.com/Familia/Rotina/noticia/2015/09/pais-da-geracao-y-querem-ser-amigos-dos-filhos-aponta-pesquisa.html

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Medicação por conta própria: 40% dos pais tratam seus filhos sem orientação médica!

Mesmo produtos que você considera inofensivo, como mel e própolis, podem oferecer riscos para a saúde da criança!

Seu filho espirrou ou o nariz escorreu e você já fica desesperada atrás de uma solução mágica para livrá-lo do que está por vir. O problema é que quase sempre a ‘salvação’ é buscada onde não deveria, no armário da cozinha. Uma nova pesquisa da Universidade de Michigan mostrou que 40% dos pais norte-americanos de crianças menores de 4 anos medicam os filhos sem consultar um médico.
Segundo o pediatra Sérgio Eiji Furuta, da Unifesp, os brasileiros também adotam comportamento similar ao dos americanos. “É muito comum ver os pais tratando os filhos em casa. Geralmente, as crianças recebem medicamentos para combater os sintomas, como tosse, dor de cabeça e coriza”. Mas é justamente aí que mora o perigo, uma vez que tratar apenas os sintomas pode mascarar a doença que está por trás.
O problema é que nem sempre os pais têm a consciência de que estão estão colocando a saúde de seus filhos em risco. Existem alguns produtos que, por serem de fácil acesso ou fitoterápicos, podem parecer inofensivos, mas não são. Abaixo você descobre quais são eles e por que não são indicados para as crianças. Confira:
- Xarope 
De acordo com os pesquisadores de Michigan, ele é o “queridinho” dos pais. Além de ser comprado em qualquer farmácia sem receita médica, existem tipos de várias cores e sabores com a proposta de driblar a ‘cara feia’ da criança. O maior problema, porém, é que muitas vezes ele combate o sintoma, mas não a doença. “Uma tosse pode ser provocada por alergia, por pneumonia, por gripe. Se o pai tentar apenas combater o sintoma, a longo prazo o problema pode evoluir para um quadro mais grave”, alerta Furuta.

- Medicamentos naturais 
Um erro comum é pensar que remédios fitoterápicos, porque são naturais, não fazem mal. Apesar de serem produtos livre de química, dependendo da concentração e do princípio ativo, a criança pode desenvolver uma alergia ou, até mesmo, sofrer uma intoxicação com a planta.
- Pastilhas e própolis 
Assim como os xaropes, as pastilhas e o spray de própolis parecem um jeito mais fácil de combater aquela irritação na garganta. Porém, o especialista explica que esses produtos apenas aliviam os sintomas momentaneamente e, dependendo da frequência com a qual são utilizados, podem causar uma irritação maior ou até mesmo intoxicação. Também encontrados em qualquer farmácia, eles podem funcionar para os adultos, mas não são indicados para crianças.
- Mel 
Chás caseiros com mel são muito comuns para combater aquela gripe que está por vir, mas o pediatra alerta: “Mel é laxante, solta o intestino. Se a criança estiver com um quadro viral, por exemplo, ela pode ter diarréia e ficar desidratada”.
- Comprimidos com ácido acetilsalicílico 
Os comprimidos conhecidos como AAS ou Melhoral Infantil eram os qpreferidos dos pais para controlar uma dor de cabeça ou febre da criança. Porém, além de inibir a produção do hormônio responsável pela dor e inflamação, o medicamento aumenta o diâmetro dos vasos sanguíneos do corpo e impede a coagulação. “Hoje os pediatras não receitam mais esse medicamento para as crianças. Apenas para adultos com problemas cardíacos, uma vez que um comprimido por dia é capaz de evitar complicações para o coração. Isso é a prova de que medicamento infantil não é sinônimo de fraco”, complementa o especialista.
Médico é a solução para tudo?
É claro que os pais não precisam sair correndo para o hospital por qualquer espirro da criança. Pais mais experientes já sabem que um quadro simples de resfriado tem tempo para começar e tempo para acabar - de 5 a 7 dias. Contudo, se nesse período seu filho começar a ter febre, vômito, irritação ou falta de apetite, é sinal de que algo realmente não está bem. Aí só mesmo o médico poderá ajudar.
fonte:http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2013/04/medicacao-por-conta-propria-40-dos-pais-tratam-seus-filhos-sem-orientacao-medica.html

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MENOS TELA E MAIS BRINCADEIRAS

A tentação de confiar nas mídias eletrônicas e nos programas televisivos para entreter crianças pequenas e bebês está mais em alta do que nunca e estão em casa, no carro e até mesmo no supermercado.  Não há escassez de produtos como DVDs, vídeo games e programação orientada para os pequenos. Mas uma nova declaração da política da American Academy of Pediatrics (AAP) diz que existem maneiras melhores de ajudar as crianças a aprender nessa idade crítica.

Em uma pesquisa recente, 90% dos pais disseram que suas crianças menores de 2 anos assistem algum tipo de mídia eletrônica. Em média, os pequenos assistem a programas televisivos de 1 a 2 horas por dia. Aos 3, quase um terço tem uma televisão em seu quarto. Os responsáveis acreditam que a TV é educativa e é “muito importante para o desenvolvimento saudável”. Nestes casos, as chances de mantê-la ligada o tempo todo ou em parte dele  são duas vezes maiores.

A declaração da política do uso de mídias por crianças menores de dois anos MediaUse by Children Younger Than Two Years”, foi lançado terca-feira, 18 de outubro, na Conferência Nacional AAP & Exhibition, em Boston e será publicada na edição de novembro de 2011 de Pediatrics (lançada on-line, em 18 de outubro).
A AAP  fornece orientações sobre o uso de mídias para crianças menores de 2 anos de idade desde 1999 e uma recomendação na declaração da Academia da política,“Media Education“, as desencorajava ver TV.


Na época, havia poucos dados sobre o assunto, mas a AAP acreditava que existia mais efeitos negativos da exposição à mídia para os mais jovens. Dados mais recentes confirmam isso e a Conferência mantém a sua recomendação para manter as crianças com idade inferior a 2  anos como “tela-free” ou mais afastadas da TV, computador, vídeo game e outros, o quanto for possível.
Hoje, sabe-se mais sobre o desenvolvimento do cérebro das crianças nos primeiros anos e as melhores maneiras de ajudá-las a aprender; sobre os efeitos que os vários tipos de estimulação e atividades têm nesse processo, por isto fazemos estas recomendações.
“As preocupações levantadas na declaração das políticas originais são ainda mais relevantes agora, o que nos levou a desenvolver uma atitude mais abrangente de orientação em torno dessa faixa etária”, disse o Dr. Brown, membro do Conselho AAP em Comunicações e Media.



O relatório propôs a responder a duas perguntas:

1-                Fazer programas de vídeo e televisão têm qualquer valor educativo para as crianças menores de 2?
2-                Existe algum mal em crianças desta idade assistir a esses programas?

As principais conclusões incluem:
a-                 Muitos programas de vídeo para crianças e bebês são comercializados como “educacionais”, mas as evidências não sustentam isso. Eles só são considerados de qualidade e educativos para as crianças, apenas se elas entendem o conteúdo e o contexto do que é passado. Estudos consistentes mostram que somente as de idade superior a 2 anos,  normalmente têm esse entendimento;

b-                Tempo de brincadeiras bem estruturadas é mais valioso para o cérebro em desenvolvimento do que a mídia eletrônica. As crianças aprendem a pensar criativamente, resolver problemas e desenvolver habilidades de raciocínio e motor em idades precoces;

c-                 As crianças pequenas aprendem melhor e têm necessidade de interação com seres humanos, não com telas;

d-                Pais que assistem TV ou vídeos com seus filhos podem contribuir para a compreensão da criança, mas elas aprendem mais com apresentações ao vivo do que com as televisionadas;

e-                 Quando os pais estão assistindo os seus próprios programas, estes são “mídia de fundo” para seus filhos. Distrai o pai e diminui interação pais-criança. A presença da TV também pode interferir com a aprendizagem do filho que realiza jogos e atividades;

f-                  Ver televisão perto da hora de dormir pode causar maus hábitos de sono e sono irregular, o que pode afetar negativamente o comportamento, humor e aprendizagem;

g-                Crianças com uso de mídia intenso correm o risco de atrasos no desenvolvimento da linguagem, mas ainda é necessária mais investigação sobre as razões.
O relatório recomenda que os pais e responsáveis:
a-               Definam os limites de tempo de exposição em frente à TV para seus filhos que tenham menos de 2 anos, levando  em consideração que a AAP desencoraja uso da mídia para este grupo etário. Tenham uma estratégia para gerenciar, se optar por expor as crianças às estas mídias;

b-              Ao invés de telas, optar por jogos supervisionados para bebês e crianças jovens durante os tempos que os pais podem sentar e participar ativamente no brincar com eles;

c-              Evite colocar um aparelho de televisão no quarto da criança;d-             Reconhecer que a utilização de mídia eletrônica pode ter um efeito negativo sobre as crianças;

e-             O relatório também recomenda mais pesquisas sobre os efeitos em longo prazo da exposição à televisão na saúde física, mental e social das crianças.


Fonte: http://saudeinfantil.blog.br/2011/11/bebes-e-criancas-devem-aprender-com-brincadeiras/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CRIANÇAS SABEM QUANDO ADULTOS OMITEM INFORMAÇÕES

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Você já reparou que, muitas vezes em que tentamos mentir ou omitir informações a uma criança, ela se mostra desconfiada e parece entender perfeitamente que estamos sendo desonestos com ela?
Pois os pequeninos realmente entendem. Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) realizaram um estudo recente para descobrir se crianças são capazes de identificar quando um adulto lhes omite uma informação. E eles descobriram que crianças confrontadas com informações verdadeiras, porém incompletas, não apenas são capazes de identificar a omissão, mas também completar a informação sozinha através de exploração e curiosidade.
Tudo parte do princípio de que “descobrir em quem não confiar é uma habilidade importante para a sobrevivência”.
"Quando recebemos uma informação de alguém, não aprendemos apenas o que está sendo ensinado, mas também aprendemos coisas sobre o interlocutor. Se a informação for precisa e completa, daí você tem mais chance de confiar naquela pessoa no futuro", diz Hyown Gweon, do MIT.
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Os cientistas também investigaram o que as crianças pensam de adultos que não lhes dão informações completas sobre as coisas. Observando situações em que professores ensinam crianças sobre o uso de alguns brinquedos, mas não explicam todas as funções desses brinquedos, os estudiosos descobriram que crianças são capazes de avaliar o caráter de outras pessoas e o quanto elas vão confiar nessas pessoas baseados em experiências anteriores de confiança - como, por exemplo, se o adulto já lhes omitiu informação no passado ou mesmo se passou tempo explicando coisas que as crianças já soubessem.
Os estudos realizados pelo MIT mostram que o entendimento de mundo das crianças vai além do que a gente imagina. Os pequenos são capazes de organizar informações antes de tomarem atitudes racionais de aprendizado. Tais compreensões científicas são os primeiros passos de uma pesquisa que pode ir cada vez mais a fundo.


Fonte:http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/curiosidade-criancas-sabem-quando-adultos-omitem-informacoes

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Sorrisos podem dar indícios sobre desenvolvimento de bebês

Os primeiros sorrisos e risadas de um bebê costumam encantar os pais. Mas também parecem dar indícios sobre o entendimento do mundo pelas crianças.

"Os risos começam muito cedo, assim como as lágrimas", diz à BBC Caspar Addyman, médico que investiga o tema no Birkbeck College, em Londres. "Isso nos faz pensar que se trata de uma forma de comunicação entre mãe e bebê antes da linguagem."

Ele coletou quase 700 questionários sobre sorrisos de bebês ao redor do mundo e descobriu que eles sorriem em resposta a sensações prazerosas muito antes do que esperado - a partir de um mês de idade.

Pouco depois, entre dois e quatro meses, o bebê desenvolve sorrisos específicos para interagir com seus pais. Addyman espera avançar em sua pesquisa e usar as risadas como uma nova forma de monitorar como os bebês veem o mundo ao seu redor.




Piaget

O psicólogo suíço Jean Piaget, quem mais influencia a visão corrente sobre desenvolvimento infantil, observou crianças em diferentes idades e identificou estágios de habilidade cognitiva.

No início da vida, disse Piaget, bebês só conseguem aprender a respeito do mundo ao interagir diretamente com ele, agarrando, chacoalhando e colocando objetos na boca.

Com cada experiência, concluiu o psicólogo, as crianças gradualmente aprendem a montar um retrato do funcionamento do mundo - uma espécie de física inocente infantil.

Mas Addyman acredita que estudar as risadas de bebês pode ser igualmente eficiente para ajudar estudiosos a identificar os desenvolvimentos das mentes infantis.

"Você só ri de algo quando o entende, então o motivo pelo qual (os bebês) riem dá indícios sobre seu entendimento", diz o médico.

Ele acredita que a habilidade infantil em achar graça de algo mostra que seu cérebro está se desenvolvendo.

Cadê?

O Projeto Baby Laughter (risada de bebê), que entrevistou pais em mais de 20 países, mostrou que brincadeiras de esconder o rosto são perfeitas para demonstrar um desenvolvimento cerebral fundamental: o que identifica que algo continua a existir mesmo quando você deixa de vê-lo.

Mas crianças muito pequenas não sabem disso - é por isso que bebês de seis meses de idade ficam tão surpresos com a brincadeira de esconde.

Na impossibilidade de ver a pessoa "escondida", eles acham que ela desapareceu - fazendo com que sua reaparição repentina cause risos.

Entre seis e oito meses de idade, a criança começa a entender que o adulto está apenas escondido. A brincadeira, então, vira a expectativa quanto à reaparição.

"Essa brincadeira é ótima. Diz respeito ao reaparecimento da mãe (aos olhos do bebê), mas também à comunicação compartilhada", explica Addyman. "É impossível não sorrir quando um bebê começa a dar risada com você, algo realmente valioso para desenvolver sua habilidade de interagir com outras pessoas."

Senso de humor

Um potencial elo entre riso e desenvolvimento de linguagem sugere que costumamos subestimar o senso de humor dos bebês.

"As crianças conseguem captar os ritmos de conversa através das piadas e de jogos", diz Addyman.

Por isso, risadas e sorrisos podem ser importantes ferramentas de comunicação para crianças antes de elas aprenderem a falar.

E até mesmo primatas costumam usar as risadas para interagir socialmente.

"Entre chimpanzés, o riso é usado sobretudo para brincar", explica Katie Slocombe, especialista em cognição da Universidade de York (Grã-Bretanha). "Quando um chimpanzé ri, isso parece estimular seu interlocutor a continuar a brincar - assim como faz um bebê tentando manter a atenção de um adulto."

Sendo assim, devemos tentar interpretar os significados ocultos por trás de cada risadinha? Addyman sugere cautela.

"Historicamente, costumamos projetar interpretações adultas sobre o que causa a risada dos bebês, e isso é um perigo constante neste tipo de pesquisa", diz ele.

"É preciso olhar para isso de maneira científica e em diversas idades, para realmente começar a entender o que está acontecendo com eles (enquanto riem)."

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2013/10/20/sorrisos-podem-dar-indicios-sobre-desenvovimento-de-bebes.htm

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Características das gerações GERAÇÃO BABY BOMMER, X,Y,Z, ALPHA

Quais as principais diferenças de atitude entre a geração Y e a X?

A geração X pegou no Brasil várias mudanças, a mudança da ditadura para a democracia, a transformação do Brasil de país em desenvolvimento para país BRIC, a troca de moedas, passou por muitas crises, é uma geração muito prática em relação ao que está acontecendo e rápida no sentido de se adaptar ao que vem por aí. Já a geração Y entrou num país estável, no Real.
A grande diferença é que a Y acha que tudo é fácil, a X, pelo o que ela viveu, entende que o mundo não é exatamente como ela quer. A Y quer mais que o ambiente se ajuste a ela e a X se ajusta mais ao ambiente. A Y conseguiu acompanhar o desenvolvimento da internet desde o seu início, não é “imigrante” para a internet. É mais autoconfiante por conta dessa facilidade que encontrou, porque não teve que brigar pra ter um país desenvolvido, direitos da mulher, o mundo é “mais pronto” para ela. A X pegou a tecnologia crescendo; antes essa tecnologia era estática. Ela é pé no chão, entende que as coisas não são tão prontas, não se sente tão prepotente quanto a Y.




Características das gerações  GERAÇÃO BABY BOMMER, X,Y,Z, ALPHA:

GERAÇÃO BABY BOOMER

  • DATA DE NASCIMENTO
de 1940 à 1960
  •  DESCRIÇÃO
Para nós que falamos de internet, nos referimos a explosão demográfica (baby boomer) causada com o fim da 2ª guerra mundial. Alguns dividem essa geração em duas: 1. Primeiros Boomers (1946 à 1954) e 2. Boomers Posteriores (1955 à 1964).
  • CARACTERÍSTICAS:
  1. padrão de vida estável;
  2. preferência por qualidade e não quantidade;
  3. sabe o que quer;
  4. não é influenciado por terceiros.

GERAÇÃO X 
  • DATA DE NASCIMENTO:
de 1960 à 1980
  • DESCRIÇÃO:
São os filhos da Geração Baby Boomer. Muito rebeldes para os padrões até então estabelecidos, deram o nome de “X” porque queríam estudar mais para entender seus comportamentos tão estranhos á época.
  • CARACTERÍSTICAS:
  1. ruptura com as regras e valores das gerações anteriores;
  2. preferência por qualidade e não quantidade;
  3. busca por seus direitos;
  4. procura de liberdade.

GERAÇÃO Y 
  • DATA DE NASCIMENTO:
de 1980 à 2000
  • DESCRIÇÃO:
São os filhos da Geração X, netos da Geração Baby Boomer. Tambem chamados de Geração Millennials por nascerem exatamente na mudança do milênio, essa geração ainda não possui uma unanimidade no que diz respeito ao seu período de classificação. Alguns dizem que começa nos anos 70′s e outros que se estende até 2010. Camo são os descendêntes da Geração X, achou-se por bem usarem a próxima letra do alfabeto.
  • CARACTERÍSTICAS:
  1. estão sempre conectados;
  2. preferem computadores a livros;
  3. vivem em redes sociais;
  4. buscam sempre novas tecnologias.
 GERAÇÃO Z 
  • DATA DE NASCIMENTO:
de 1990 à 2010
  • DESCRIÇÃO:
TAMBÉM NÃO SÃO A PRÓXIMA GERAÇÃO CRONOLOGICAMENTE FALANDO! A Geração Z são os que possuem de forma natural a internet, pois ao começarem a escrever ela já existia. Mais do que existir a rede através dos computadores, a conexão com as outras pessoas se dá também de forma móvel com os smartfones.
Essa geração é extremamente antenada, conectada e preocupada com o meio ambiente, sustentabilidade e responsabilidade social.
  • CARACTERÍSTICAS:
  1. muito parecidos com a Geração Y;
  2. alta conectividade com outras pessoas;
  3. grande senso de responsabilidade social.
GERAÇÃO ALFA (ALPHA)
  • DATA DE NASCIMENTO:
após 2010
  • DESCRIÇÃO:
Esta geração ainda não está totalmente definida. Poderá chamar-se de Geração M (de mobile). A geração Z e a Alfa podem (e acreditamos nisso) se fundir numa nova nomenclatura, porém, exatamente pela falta de definição, temporariamente é chamada de Geração Alfa.


Fonte: http://www.projetovemser.com.br/blog/2013/11/01/geracao-baby-bommer-xyz-alpha/