quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MENOS TELA E MAIS BRINCADEIRAS

A tentação de confiar nas mídias eletrônicas e nos programas televisivos para entreter crianças pequenas e bebês está mais em alta do que nunca e estão em casa, no carro e até mesmo no supermercado.  Não há escassez de produtos como DVDs, vídeo games e programação orientada para os pequenos. Mas uma nova declaração da política da American Academy of Pediatrics (AAP) diz que existem maneiras melhores de ajudar as crianças a aprender nessa idade crítica.

Em uma pesquisa recente, 90% dos pais disseram que suas crianças menores de 2 anos assistem algum tipo de mídia eletrônica. Em média, os pequenos assistem a programas televisivos de 1 a 2 horas por dia. Aos 3, quase um terço tem uma televisão em seu quarto. Os responsáveis acreditam que a TV é educativa e é “muito importante para o desenvolvimento saudável”. Nestes casos, as chances de mantê-la ligada o tempo todo ou em parte dele  são duas vezes maiores.

A declaração da política do uso de mídias por crianças menores de dois anos MediaUse by Children Younger Than Two Years”, foi lançado terca-feira, 18 de outubro, na Conferência Nacional AAP & Exhibition, em Boston e será publicada na edição de novembro de 2011 de Pediatrics (lançada on-line, em 18 de outubro).
A AAP  fornece orientações sobre o uso de mídias para crianças menores de 2 anos de idade desde 1999 e uma recomendação na declaração da Academia da política,“Media Education“, as desencorajava ver TV.


Na época, havia poucos dados sobre o assunto, mas a AAP acreditava que existia mais efeitos negativos da exposição à mídia para os mais jovens. Dados mais recentes confirmam isso e a Conferência mantém a sua recomendação para manter as crianças com idade inferior a 2  anos como “tela-free” ou mais afastadas da TV, computador, vídeo game e outros, o quanto for possível.
Hoje, sabe-se mais sobre o desenvolvimento do cérebro das crianças nos primeiros anos e as melhores maneiras de ajudá-las a aprender; sobre os efeitos que os vários tipos de estimulação e atividades têm nesse processo, por isto fazemos estas recomendações.
“As preocupações levantadas na declaração das políticas originais são ainda mais relevantes agora, o que nos levou a desenvolver uma atitude mais abrangente de orientação em torno dessa faixa etária”, disse o Dr. Brown, membro do Conselho AAP em Comunicações e Media.



O relatório propôs a responder a duas perguntas:

1-                Fazer programas de vídeo e televisão têm qualquer valor educativo para as crianças menores de 2?
2-                Existe algum mal em crianças desta idade assistir a esses programas?

As principais conclusões incluem:
a-                 Muitos programas de vídeo para crianças e bebês são comercializados como “educacionais”, mas as evidências não sustentam isso. Eles só são considerados de qualidade e educativos para as crianças, apenas se elas entendem o conteúdo e o contexto do que é passado. Estudos consistentes mostram que somente as de idade superior a 2 anos,  normalmente têm esse entendimento;

b-                Tempo de brincadeiras bem estruturadas é mais valioso para o cérebro em desenvolvimento do que a mídia eletrônica. As crianças aprendem a pensar criativamente, resolver problemas e desenvolver habilidades de raciocínio e motor em idades precoces;

c-                 As crianças pequenas aprendem melhor e têm necessidade de interação com seres humanos, não com telas;

d-                Pais que assistem TV ou vídeos com seus filhos podem contribuir para a compreensão da criança, mas elas aprendem mais com apresentações ao vivo do que com as televisionadas;

e-                 Quando os pais estão assistindo os seus próprios programas, estes são “mídia de fundo” para seus filhos. Distrai o pai e diminui interação pais-criança. A presença da TV também pode interferir com a aprendizagem do filho que realiza jogos e atividades;

f-                  Ver televisão perto da hora de dormir pode causar maus hábitos de sono e sono irregular, o que pode afetar negativamente o comportamento, humor e aprendizagem;

g-                Crianças com uso de mídia intenso correm o risco de atrasos no desenvolvimento da linguagem, mas ainda é necessária mais investigação sobre as razões.
O relatório recomenda que os pais e responsáveis:
a-               Definam os limites de tempo de exposição em frente à TV para seus filhos que tenham menos de 2 anos, levando  em consideração que a AAP desencoraja uso da mídia para este grupo etário. Tenham uma estratégia para gerenciar, se optar por expor as crianças às estas mídias;

b-              Ao invés de telas, optar por jogos supervisionados para bebês e crianças jovens durante os tempos que os pais podem sentar e participar ativamente no brincar com eles;

c-              Evite colocar um aparelho de televisão no quarto da criança;d-             Reconhecer que a utilização de mídia eletrônica pode ter um efeito negativo sobre as crianças;

e-             O relatório também recomenda mais pesquisas sobre os efeitos em longo prazo da exposição à televisão na saúde física, mental e social das crianças.


Fonte: http://saudeinfantil.blog.br/2011/11/bebes-e-criancas-devem-aprender-com-brincadeiras/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CRIANÇAS SABEM QUANDO ADULTOS OMITEM INFORMAÇÕES

crianca_curiosa
Você já reparou que, muitas vezes em que tentamos mentir ou omitir informações a uma criança, ela se mostra desconfiada e parece entender perfeitamente que estamos sendo desonestos com ela?
Pois os pequeninos realmente entendem. Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) realizaram um estudo recente para descobrir se crianças são capazes de identificar quando um adulto lhes omite uma informação. E eles descobriram que crianças confrontadas com informações verdadeiras, porém incompletas, não apenas são capazes de identificar a omissão, mas também completar a informação sozinha através de exploração e curiosidade.
Tudo parte do princípio de que “descobrir em quem não confiar é uma habilidade importante para a sobrevivência”.
"Quando recebemos uma informação de alguém, não aprendemos apenas o que está sendo ensinado, mas também aprendemos coisas sobre o interlocutor. Se a informação for precisa e completa, daí você tem mais chance de confiar naquela pessoa no futuro", diz Hyown Gweon, do MIT.
crianças jm
Os cientistas também investigaram o que as crianças pensam de adultos que não lhes dão informações completas sobre as coisas. Observando situações em que professores ensinam crianças sobre o uso de alguns brinquedos, mas não explicam todas as funções desses brinquedos, os estudiosos descobriram que crianças são capazes de avaliar o caráter de outras pessoas e o quanto elas vão confiar nessas pessoas baseados em experiências anteriores de confiança - como, por exemplo, se o adulto já lhes omitiu informação no passado ou mesmo se passou tempo explicando coisas que as crianças já soubessem.
Os estudos realizados pelo MIT mostram que o entendimento de mundo das crianças vai além do que a gente imagina. Os pequenos são capazes de organizar informações antes de tomarem atitudes racionais de aprendizado. Tais compreensões científicas são os primeiros passos de uma pesquisa que pode ir cada vez mais a fundo.


Fonte:http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/curiosidade-criancas-sabem-quando-adultos-omitem-informacoes