sexta-feira, 12 de julho de 2013

O PODER DE COMUNICAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS



 Você se comunica com seu filho o tempo todo, não apenas por meio da fala como também através de gestos, carinhos, atitudes e olhares.

Apesar da grande quantidade de informação disponível. Exercer a função de pai e mãe ainda continua sendo um grande desafio para todos.   A grande preocupação dos pais é que seus filhos sejam emocionalmente saudáveis, felizes e capazes de enfrentar os desafios da vida.


Antes de tudo é necessário que os pais tenham maturidade emocional. Estejam comprometidos com o filho desde a gestação e tenham disponibilidade de tempo e afeto. Estes questionamentos devem estar claros desde o inicio. Outro fator de primordial importância é a comunicação, que deve ser estabelecida entre pais e a criança desde cedo.   
A comunicação é o fator preponderante para a realização da interrelação entre pessoas de qualquer grupo social e não é realizada somente através da linguagem verbal.   Segundo Françoise Dolto (no livro Tudo é linguagem da Editora Martins Fonte) existem diferentes formas de linguagem, tais como: verbal, visual, olfativa, rítmica, gestual, linguagem da cumplicidade, linguagem da alegria, linguagem do sofrimento e de relações intrapsíquicas.
É através das diferentes formas de comunicação que o afeto é transmitido dos pais aos filhos. 
 É também através desta comunicação que os vínculos afetivos são estabelecidos.    Por isso a necessidade do estabelecimento da comunicação desde muito cedo com a criança, desde o ventre materno, para que logo a criança possa fazer o reconhecimento da voz do pai e da mãe.   
O que dizer aos filhos? Mentir vale a pena?                                 

Às vezes os pais pensam: "Eu não vou dizer tal coisa ao meu filho porque ele ainda não entende". Puro engano! As crianças são inteligentes e entendem logo cedo - e muito bem! O que os pais querem dizer. Por isso  por isso também é necessário tomar bastante cuidado com o que se fala ou como se age diante de uma criança.
Há muitos assuntos dos quais os pais ela não deve mesmo participar, assuntos que podem gerar angústia, por exemplo: Falar da sexualidade do adulto, caluniar pessoas, fazer fofocas, mentir, fazer apologia a drogas, álcool ou cigarros, brigas do casal, acusações, agressões físicas ou verbais,etc.
ou tro assunto importantíssimo refere-se ao segredo na família. Seguem alguns exemplos de situações em que alguns fatos são escondidos ou distorcidos pela família:

 - Quando pais adotam uma criança e não comentam com o filho adotado a respeito de sua adoção;
 - Quando o pai ou a mãe abandonaram seus filhos em função da separação do casal, muitas famílias dizem à criança que eles morreram;
 - Quando diante da morte real de pais ou irmãos a família esconde fotos ,objetos pessoais e ninguém fala mais nada a respeito, a criança acaba sentindo um vazio muito  grande, porque o luto não pode ser elaborado;
 - Quando pais e familiares agem como se um parente falecido ainda estivesse vivo, deixando um lugar à mesa ou dizendo que ele foi fazer uma viagem e logo volta, etc.

Certas questões não são ditas,mas de alguma forma, são passadas para a criança de forma inconsciente. Então a criança tem uma percepção da realidade, mas ela não acredita nesta percepção porque a verdade não é validada pelos adultos. Este é um fator patogênico, isto é, a criança acaba tornando-se insegura, não confinado nos adultos que cuidam dela, porque estes adultos não dizem a verdade.  Todas estas situações acima citadas são geradoras de problemas emocionais que mais tarde merecerão cuidados de profisisonal especializado.