terça-feira, 28 de outubro de 2014

Como conversar com as crianças assuntos como Pedofilia, morte e drogas

Nem sempre a pergunta da criança é cabeluda, mas deixa os pais confusos sobre o que responder. Há temas complicados de abordar e até as escolas, muitas vezes, se equivocam ao tentar esclarecer dúvidas. Papos difíceis devem começar em casa. Às vezes, de acordo com a curiosidade da criança. Algumas situações exigem prevenção. Outras vezes é melhor esperar que a criança pergunte. "Época certa não há. As muito pequenas dificilmente entenderão determinados assuntos. Se surgir a curiosidade, explique de acordo com o entendimento dela –que varia conforme a idade", diz a psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia Maturano.
O mais importante é não fazer um discurso moralista, longo ou que desperte o preconceito nas crianças. Pais podem não perceber o quanto prejudicam os filhos ao transmitir julgamentos preconceituosos. E as respostas não devem ultrapassar o que as crianças querem saber. "A conversa deve ser clara, verdadeira e adaptada ao vocabulário infantil. E se os pais forem pegos de surpresa ou não souberem a resposta, podem dizer. Afinal, os adultos estão em constante aprendizado, também", diz a psicóloga infantil Daniella Freixo de Faria.
Fazer rodeios, protelar ou ficar inseguro só prejudica. "Isso deixa o filho ainda mais curioso e sem informações úteis para que se desenvolvam satisfatoriamente", de acordo com a psicóloga clínica Patrícia Spada, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Pedofilia
Em conversas familiares, fale para as crianças não conversarem com estranhos e não deixarem que as toquem. “Embora a maioria dos aliciadores sejam conhecidos, devemos dizer para os filhos que eles podem contar tudo para os pais, sempre, mesmo que alguém diga o contrário”, afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano. Para adolescentes, a conversa pode ser mais aberta e a internet mais vigiada. “Nesse caso, não espere o assunto surgir. Eles já saem sozinhos e nem todos que conhecem são conhecidos pelos pais. Mas a conversa deve ser tranquila e orientadora”, diz a psicóloga. “Uma criança que já falou com os pais sobre o assunto consegue identificar pedófilos e tem mais chances de se defender do que aquela que nunca teve espaço para o tema”, diz a psicóloga Patrícia Spada. A lição mais importante é: crianças que têm segurança de que podem contar tudo aos pais, sem temer uma represália, estarão muito mais seguras.
Morte
Mais cedo, com um animal de estimação que morre, ou mais tarde, com a morte de um familiar, o assunto vem à tona. “Acho que é mais difícil para os adultos do que para as crianças. Toda família passa por isso e os pequenos devem fazer parte do momento de luto”, explica Ana Cássia Maturano. E se surgirem curiosidades sobre o que acontece com o morto, nada de inventar historinhas sobre dormir ou dizer que a pessoa foi para um lugar lindo e maravilhoso. O primeiro gera medo de dormir; o segundo torna a morte atrativa. “A formação religiosa das pessoas ajuda muito a dar uma explicação. Todos acreditam em algo, embora ninguém saiba o que acontece. O melhor, portanto, é passar essa ideia, mas sem exageros", diz a psicóloga.
Drogas
O assunto está em todos os lugares: na TV, nas revistas, em rodas de amigos. Aproveite a curiosidade e as notícias para tocar no assunto e mostrar os malefícios do consumo de drogas. “Sem usar de um tom moral e repressor. Assim, quando a droga chegar mais perto dos seus filhos, eles terão a segurança de contar aos pais”, diz a psicóloga Ana Cássia Maturano. Muitas vezes, é preciso adaptar a linguagem. “Crianças adoram colocar objetos na boca. Neste momento, explique que há objetos e substâncias que não se deve experimentar, pois fazem muito mal. Cite exemplos concretos da rotina deles, como remédios, produtos de limpeza, comprimidos que parecem balinhas, bebidas alcoólicas”, diz a psicóloga Patrícia Spada


Fonte:http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2011/11/25/veja-como-explicar-as-criancas-dez-questoes-complicadas-como-pedofilia-morte-e-drogas.htm

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Como incentivar a leitura infantil

Como incentivar a leitura infantil
A leitura é um hábito que se cria, e como todo hábito deve ser cultivado no dia a dia das crianças para se tornar uma rotina comum e familiar. Os pequenos geralmente aprendem a ler por volta dos cinco anos, mas precisam ser inseridos no mundo da leitura antes dessa idade. Para isso, devemos aproveitar o comportamento infantil natural de observação e imitação das atitudes dos pais, além de relacionar a atividade a outras atrativas e divertidas.
Paulo Ramicelli, assessor da diretoria do Instituto EDP, entidade responsável pelo projeto “Ler é uma Viagem”, explica que o principal mecanismo para incentivar a leitura é a criatividade. “O momento da leitura tem que ser visto como uma hora de diversão; associar o hábito a uma obrigação fará com que a criança tenha a sensação de que está sendo punida, e assim dificilmente desenvolverá o prazer que a leve a inserir a leitura em sua rotina.”
O primeiro passo é tornar os livros mais atraentes, e aí entra o papel fundamental dos pais ou responsáveis. “Para as crianças se apaixonarem pelos livros, não é preciso saber ler. Isso pode acontecer sem que elas sejam alfabetizadas. Elas precisam ser estimuladas a ter contato com a leitura antes mesmo de completarem um ano. É necessário que o educador passe um tempo lendo para a criança. A leitura pode ser feita de inúmeras maneiras, mas o ideal é que seja de modo lúdico. Vale apostar em encenações teatrais, fantasias, fantoches e contar com a ajuda de algum instrumento musical que o leitor saiba tocar, sempre estimulando e incentivando a participação do pequeno na brincadeira”, sugere Ramicelli.
É importante escolher um estilo de livro que esteja de acordo com a faixa etária e com um tema de que a criança goste. “Isso faz com que ela busque conhecimento sozinha e seja mais autônoma na descoberta dos próximos livros que desejará ler. Aos poucos, tente estimular outros temas, mas sempre respeitando o gosto da criança. Forçar uma leitura ou um livro fará com que ela inicie a atividade com desgosto”, afirma Ramicelli. Opções com bastantes imagens e ilustrações são uma boa pedida. “Crianças gostam de imaginar o que está escrito, assim como nós. Peça para ela interpretar a cena da maneira como ela imagina; isso fará com que a leitura ganhe vida e ajudará a estimular a imaginação. Vá incluindo letras e frases na brincadeira, mas sempre estimule a interpretação”, completa.
Até a disposição dos livros em casa faz diferença. Para a criança, os volumes organizados em uma prateleira passam a ideia de algo que não deve ser mexido. O assessor lembra que dificilmente a criança vai enxergar ou alcançar o livro, logo, ela não terá vontade de ler, fora o risco de acidentes, caso tente escalar a estante. “O ideal é criar locais interessantes para guardá-los. Em nossos projetos criamos o baú e o carrinho da leitura. É importante usar a criatividade e enfeitar esses locais, as crianças gostam de adornos alegres e que chamem a atenção.”
Leitura no Brasil
A educação e sua qualidade estão ligadas diretamente à leitura. O aperfeiçoamento do vocabulário e da escrita contribui para a criatividade do leitor, portanto, cabe aos pais e professores orientar e buscar maneiras de desenvolver tais habilidades.
Contudo, a realidade da leitura no Brasil é preocupante. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro em 2012, que entrevistou 93% da população brasileira com cinco anos ou mais, cerca de 85% das pessoas afirmaram que nas horas vagas gostam de assistir à televisão. Apenas 28% citaram a preferência por ler um livro.1 Em média, o brasileiro lê pouquíssimo: apenas quatro livros por ano, e dois desses ainda por partes.
A importância do estímulo externo fica nítido pelos dados da pesquisa. Cerca de 87% dos entrevistados não leitores (que não leram nenhum livro nos últimos três meses anteriores ao levantamento) nunca foram presenteados com livros. Aproximadamente 63% nunca viram a mãe lendo, número que sobe para 68% quando se trata do exemplo paterno.
O ideal é iniciar a motivação cedo, mas adolescentes também podem ser estimulados, aproveitando sua maior maturidade. “Jovens gostam bastante de tecnologia, então, se possível, mostre que dá para acessar um livro por meio da internet. Promover um clube de leitura dentro da família também é uma boa iniciativa. Todo mês alguém indica um livro que deve ser lido por todos os integrantes da casa e em determinado dia a família se senta para conversar sobre a obra”, afirma Ramicelli.

Fonte:http://drauziovarella.com.br/crianca-2/como-incentivar-a-leitura-nas-criancas/

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Homenagem a todos os professores.


O herói



Ele não salva vidas,
Mas, faz um trabalho belíssimo,
Que é desenvolver o ser humano,
Salvando-o do analfabetismo.
O seu trabalho não é uma profissão,
Porque é ele que forma os profissionais.
O seu trabalho é uma missão.
Ele nunca teve valor.
Mas, ele não desiste.
Luta pelos seus direitos,
E sempre se esforçou.
Ele luta todo dia para cumprir a sua missão.
E para cumpri-la tem que ter amor,
É trabalhando com amor que se constrói.
Se não fosse o trabalho dele
não haveria profissional nenhum
E muito menos educação.
Por isso que ele é um herói.

Patricia Dayanne

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Crianças e seus amigos imaginários


Crianças e seus amigos imaginários


Muitas crianças têm em algum momento da vida amigos imaginários com quem brincam, conversam e até mesmo se desentendem. Mas isso é comum? Essa é uma questão que surge para os pais quando se deparam com essa situação. 

Pesquisadores das Universidades de Washington e do Oregon, nos Estados Unidos, levantaram dados impressionantes sobre o tema. Cerca de 63% das crianças em idade escolar até os sete anos tiveram ou têm um amigo imaginário.

Foram entrevistadas separadamente mais de cem crianças aos três anos de idade e seus pais. As entrevistas levantavam dados sobre o comportamento da criança junto aos pais e avaliavam o desenvolvimento através de testes aplicados às crianças.

O processo foi repetido três anos mais tarde, o que possibilitou o acompanhamento da criação e convívio com os amigos imaginários. Os amigos imaginários assumiam as formas mais variadas, meninos e meninas invisíveis, animais e bonecos.

Outro fato interessante detectado na pesquisa foi o de como as crianças dispensam seus amigos imaginários, a maioria agiu como as crianças fazem com brinquedos velhos, simplesmente perdem o interesse e deixam de conviver com seu amigo imaginário.

Mais da metade das fantasias das crianças em idade pré-escolar eram baseados em brinquedos que as crianças possuíam. Quando chegavam à idade escolar dois terços das amigos imaginários passavam a ser invisíveis. 27% das crianças entrevistadas descreveram amigos imaginários que os pais não conheciam.

O importante é lembrar aos pais que esse processo pode fazer parte do desenvolvimento normal de uma criança e não é de forma alguma um problema.

(*) Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.




Fonte:http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=161919&e=35