terça-feira, 11 de novembro de 2014

ONG divulga lista dos melhores países para ser mãe

Um mapeamento dos melhores e piores países para ser mãe foi divulgado pela ONG "Save the Children". A Finlândia ocupa a primeira posição, seguida pela Noruega e pela Suécia.
Para fazer esse relatório são analisados fatores sociais, econômicos e políticos, como quais são as chances que a criança tem de concluir os estudos, qual a porcentagem de risco de morte da mãe na hora do parto e que tipo de influência as mulheres exercem diante da comunidade local.
Os Estados Unidos aparecem em 31º lugar. Segundo a organização, desde os anos 2000, os Estados Unidos progrediram muito pouco em questões ligadas à maternidade. O risco de morte no parto, por exemplo, aumentou de 1 em 3.700 para 1 em 2.400, nos últimos anos.
De acordo com o relatório, atualmente, dar a luz nos Estados Unidos tem o mesmo risco de morte para a mãe do que dar a luz em lugares como o Irã ou a Romênia.
O documento traz um resumo da situação de 178 países, mas na lista só aparece a ordem dos 50 melhores e dos dez piores. Entre os piores estão principalmente países do continente africano. O pior país do mundo para ser mãe é a Somália, que tem um dos piores índices sociais e de educação do mundo.
O Brasil não aparece em nenhuma das listas, está em algum lugar no meio. Mas o relatório destaca que tanto o Brasil quanto o Peru diminuíram o índice de mortalidade infantil pela metade desde os anos 90.
Dez melhores países para ser mãe:
1) Finlândia
2) Noruega
3) Suécia
4) Islândia
5) Países Baixos
6) Dinamarca
7) Espanha
8) Alemanha
9) Austrália*
9) Béligca*

Dez piores países para ser mãe:
169) Costa do Marfim
170) Chade
171) Nigéria
172) Serra Leoa
173) República Centro-Africana
174) Guiné-Bissau
175) Mali*
175) Níger*
177) República Democrática do Congo
178) Somália

Fonte: http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/11/ong-divulga-lista-dos-melhores-paises-para-ser-mae.html

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Software avisa quando criança se torna alvo de crime sexual

Um protótipo desenvolvido em Curitiba mostrou que é viável a criação de um software para alertar crianças e adolescentes quando eles são vítimas de aliciação pela internet. O projeto é resultado de uma dissertação de mestrado e tem como base um banco de dados internacional que catalogou mais de 500 conversas entre aliciadores e crianças ou adolescentes. O software foi programado para monitorar os diálogos virtuais e emitir sinais de alerta, quando o conteúdo assume conotação sexual.
“Ele tem um caráter autoprotetivo, e o que a gente almeja é que a pessoa instale este programa no computador, utilizado pela criança ou pelo adolescente, ficando na barra de tarefas o desenho de um semáforo. Enquanto a criança ou adolescente está trocando conversas, aquele semáforo está monitorando”, explicou Priscila Louse Leyser Santin, de 35 anos, que é professora substituta na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTPF) e criou o protótipo durante o mestrado em Informática na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
O semáforo ficará sempre na cor verde até que surja um indício de aliciamento. Neste momento, a cor amarela se acende na tela do computador. Em um estágio mais avançado, a cor vermelha é acionada.

De acordo com Priscila Santin, a ideia é que os pais orientem os filhos a sair da conversa, mediante as cores amarela e vermelha, para que eles não se tornem possíveis vítimas.

“Outra possibilidade é que este monitoramento seja feito, além do computador onde a criança esteja, em algum dispositivo que os pais tenham em seu poder. Para que sinalize quando o filho está em uma conversa com sinais de aliciamento”, complementou Priscila Santin.

Ela explica que a criação do software tem como fundamentação uma adaptação da Teoria da Comunicação Lubridiante – que foi estabelecida por um grupo de pesquisadores que analisou o comportamento de aliciadores e, a partir disso, estabeleceu estágios que vão desde o primeiro contato entre o criminoso e a vítima até o encontro pesssoal.

Nesta adaptação, ficaram estabelecidos inicialmente os estágios de acesso, troca de informações pessoais, informações de relacionamento, atividades, elogios e desensibilização comunicativa.
É neste estágio de desensibilização comunicativa, de acordo com Priscila Santin, que o aliciador insere termos vulgares para ver como a vítima reage. O agressor muda o tom da conversa para ver se a possível vítima abandona o chat ou se dá continuidade ao diálogo. 

Em seguida, vem o estágio de  reenquadramento. “É quando o agressor diz para vítima que o sexo não é um problema, que é uma fase pela qual todo mundo passa e que não tem porquê esta vítima – a criança – esperar a fase adulta para passar por isso”, detalhou.

Por fim, o criminoso parte para os estágios de isolamento e de aproximação, que é o momento em que o encontro é marcado. “É toda uma sequencia de conversas que faz o software sinalizar em qual estágio este agressor está com relação à vítima”, destacou Priscila.
Todo este processo de aliciamento pode levar meses. Os estudiosos afirmam que os estágios são atingidos lentamente até que o criminoso consiga o objetivo de encontrar a criança ou adolescente e abusar sexualmente dela.
É sabido que os agressores têm perfil e comportamento semelhantes e, durante as conversas com as possíveis vítimas, eles deixam transparecer essas características primitivas (como avaliam os pesquisadores), permitindo a identificação dos traços de aliciamento. Esse monitoramento faz com que seja calculada uma taxa de risco de abuso sexual. Na cor verde, a susceptibilidade é de até 50%; na cor amarela, o risco fica entre 50% e 75% e a vermelha, o perigo é superior a 75%.
Aplicação no Brasil
Para a professora que coordenou o projeto, Cinthia de Freitas, ficou comprovado que é possível aplicar a Teoria da Comunicação Lubridiante e que o produto é completamente viável, trazendo benefícios para a sociedade.

O protótipo foi criado para conversas na língua inglesa, porque não existe um catálogo dos diálogos dos aliciadores em português. Isso porque a legislação brasileira determina segredo de justiça para investigações, inquéritos e processo judiciais envolvendo crianças e adolescentes. Todavia, segundo Cinthia Freitas, como a técnica e o conhecimento já estão desenvolvidos, é possível adaptar o software a qualquer idioma.

Inclusive, já existe um diálogo com o Poder Judiciário para que os arquivos de conversas entre aliciadores e vítimas seja acessado para fins acadêmicos e de pesquisa. Agora, o esforço está concentrado para que o software deixe de ser um protótipo e vire um produto, ou seja, passe a ser comercializado e ajude na prevenção dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Para isso, são necessários parceiros que tenham interesse em investir na ideia.

Segundo Freitas, o Centro de Defesa da Infância e o Setor de Inovação, ambos do Grupo Marista, apoiam o desenvolvimento de plano de negócio para buscar esses parceiros. Como ainda é um protótipo, o projeto teria que passar por algumas adaptações para entrar no mercado. Uma vez solucionadas essas questões, o programa estaria apto para ser instalados em computadores, tabletes e celulares.

FONTE: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/10/software-avisa-quando-crianca-e-vitima-de-assedio-sexual-na-internet.html