quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

BULLYING E AS CRIANÇAS COM SOBREPESO

Bulling é um tema que repercute atualmente não apenas no cenário escolar, mas possui desdobramentos noutras instâncias da vida dos sujeitos.   Anna Carolina Lemos(2007) conceitua o bulling escolar, como "um conjunto de atitudes agressivas intensionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidenre, adotado por um ou mais alunos contra outros, causando angústia e sofrimento.   Insultos, intimidações, apelidos cruéis,gozações que magoam (...) " e para que este ocorra o fenômeno envolve o agressor, a vítima e os espectadores.   O distanciamento das situações vivenciadas na escola tem a possibilidade de serem resolvidas sem o conhecimento sobre tema?   Se o objetivo está em resolver as questões relacionadas ao bullyng, é preciso buscar formação que subsidia a escola e confia o alicerce necessário como a participação em palestras, wokshops, roda de conversa, grupo de estudos, congressos, simpósios, dentre outras capacitações.   O interesse na pesquisa deve estar presente, caso contrário, continuaremos com sua presença assustadora atingindo nossos alunos, o que pode provocar futuramente índices de evasão escolar.
Durante uma entrevista concedida a Revista Nova Escola, Eric Debarbiuex(2009) retrata alguns posicionamentos a respeito do tema e como ele o tem vivenciado na realidade escolar. Destacaram três perguntas: "É possível determeninar as causas desse problema? O professor, de modo geral, é um profissional preparado para lidar com a violência na escola? A solução está na gestão escolar? Como resposta o autor coloca que este fenômeno acontece em nossas escolas mediante fatores múltiplos e "um deles é o pessoal, ligado ao temperamento de cada um, mas também influenciado pela relação família e  meio social; o outro elemento é o ambiente que a escola tem formado.   Por exemplo, a estabilidade da equipe docente e a clareza das regras escolares são aspectos determinantes para que se alcance a proteção almejada."
Na luta ao combate e preservação é necessário estarmos capacitados para detectar o processo e trabalharmos em prol dos alunos vitimizados pelo bullyng.   Dedicamos este espaço a abordar o bullying relacionado ao sobrepeso, em especial para algumas abordagens com pares e colegas de áreas afins que com suas experiências contribuam com a concepção que a sociedade possui do bullying e nos mostra o cotidiano de seus consultórios e salas pedagógicas, realidades que presenciam e mostram aos sujeitos suas habilidades e limitações. Se o indivíduo, ao tomar consciência de suas especificidades, não trabalhá-las consigo mesmo, o caminho a ser percorrido é mais difícil, pois a aceitação deve partir em primeiro lugar da pessoa e o meio torna-se uma parte que facilita e proporciona mais vitalidade a ela. 
Quando o sujeito toma consciência do seu corpo, é possível que também permita isso aos outros. Cada um tem um tempo e um momento para aceitar tudo o que o mundo oferece; as compatibilidades, as diferenças e assim por diante.   O papel que a escola precisa desempenhar em relação ao bullying com as crianças em sobrepeso é o de amenizar qualquer distância que nospreza ou impossibilita o outro de mostrar o seu potencial.   No caso desses alunos, uma ferramenta que pode auxiliar no sistema educacional é a educação e/ou reeducação alimentar regrada da importância desde cedo de uma alimentação regrada, saudável que possa habilitá-los a uma vida menos sedentária e com uma probabilidade menor de problemas cardíacos, dentre outras complicações.   O importante é focar o aumento da longevidade de cada um. 
É certo que nesse processo deve haver a motivação intríseca (dentro para fora) e extrínseca(fora para dentro) do sujeito. No entanto, constata-se que os alunos que sofrem bullying apresentam quadros depressivos, autoestima baixa, desmotivação, dentre outros sintomas.   Por esses motivos, as pessoas e diretamente as com sobrepeso contam com o apoio da escola, da família, dos amigos e das equipes multidisciplinares  para que possam ser orientadas.   Essa mobilização talvez seja uma alternativa, assim como também proporcioná-los a participação em feiras culturais, exposições diálogo com outros colegas, visita em supermecados, restaurantes que tenham a presença de uma nutricionista e assim por diante. Este trabalho pode colaborar na ação dos colegas com aqueles que têm uma característica física diferente, o que não minimiza sua potencialidade enquanto aprendiz e futuros profissionais, ou seja, é possível evitar e aos poucos sanar as brincadeiras impróprias, os apelidos pejorativos, as agressões e a exclusão dos gurpos de amigos, dentro e fora da escola. Como mestre e pesquisadora da Educação entendo que é possível compreender que a escola precisa ser trabalhada e desenvolvida para que a tomada de consciência aconteça desde a equipe pedagógica, a administrativa e os discentes.   Na escola uma das providências que pode colaborar com a ausência do sobrepeso e com o bullying  direcionando a essas pessoas são as orientações nas lanchonetes oferecendo alimentos mais saudáveis, com teor calórico menos elevado e concomitantemente o desenvolvimento desse conteúdo em sala de aula com as crianças.   A família deve conhecer esse caminho e motivá-las a tomar essa atividade e trilhá-la como objetivo de vida.
A endocrinologista Luciana de S. Caminhada, baseada nos dados coletados durante a elaboração de sua dissertação de mestrado na Universidade Federal do RJ, ressalta a realidade dos tempos modernos, pela qual a prevalência das crinaças obesas faz com que essa condição tenha se tornado um problema de saúde pública prioritário - sabe-se que nos Estados Unidos 17% das crinaças de 2 a 19 anos são obesas. No grupo de adolescentes de adolescentes a obesidade triplicou nos ultimos 30 anos( passou de 5% para 18% nessa faixa etária). A causa é a diferença entre a quantidade de caloria consumida e utilizada para o crescimento, desenvolvimento, metabolismo e atividades fisicas. Os fatores associados são genéticos, comportamentos e ambientais: a obesidade é multifatorial na infância.   Pode-se contemplar que houve uma mudança na disponibilidade dos alimentos ricos em açucar e gordura e um aumento das porções consumidas.   Além disso, a falta de atividade física tem imortante papel na obesidade, pois as crianças estão passando mais tempo em atividades sedentárias como, por exemplo, televisão, vídeo game e computadores.
A obesidade infantil pode ter inúmeras conseguências, inclusive na vida adulta.   Os problemas de saúde não são apenas físicos, mas também psicológicos.   As crianças com sobrepeso têm uma imagem corporal negativa, que leva a uma baixa autoestima; sentem-se ansiosas em relação ao peso, discriminadas e estigmatizadas por colegas e adultos.   Isto tem  conseguência no comportamento, além de afetar negativamente seu progresso acadêmico e social.   Da mesma maneira, o tratamento deve ser multidisciplinar e incluir vários profissionais. É de extrema importância a intervenção na família e na escola, com planos que possam mediar o estilo de vida saudável.   A piscicóloga, pedagoga, supervisora escolar e mestranda em gerontologia, Juliana Batista Lima, explica que o bullying é uma prática de exclusão social cujos principais alvos costumam ser pessoas mais retraídas, inseguras.   Essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se sentem desamparadas e encontram dificuldades de aceitação.   São presas fáceis, submissas e vulneráveis aos valentões da escola( da onde decorrer o termo bullying, que não tem um correspondente em português.   Em inglês refere-se à atitude de um bully - valentão), e muitas vezes passam desapercebidas a quem realmente pode ajudar, pais e equipe  técnica.   No caso das crianças com sobrepeso está marcada em seu corpo a inadequação, assim como deficientes físicos, tornando cada vez mais dificil o rompimento desse ciclo de violência.
Nesta perspectiva podemos ter uma prévia de como essas crinaças chegam ao consultório, bastante sofreidas; e mesmo assim sabemos que a amior parte não chegará a um atendimento, em alguns casos nem ao reconheciemnto da situação, por isso a principal forma de lutar para eviatr o bullying é investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Orientar os pais para que possam ajudar, pois os mesmos devem estar sempre alerta para o problema, seja o filho vítima ou agressor, ambos precisam de ajuda e apoio piscicológico.   Em muitos casos é esquecida a prática de cuidar do agressor, este também pede por socorro.
É importante alertar as famílias quanto à ausência de limites, a tolerância excessiva dos pais, a falta dessa perante frustações, violência física ou emocional e a ausência de carinho - estes são fatores que porvocam comportamentos inadequados de agressividade, dentre eles o bullying.   Com isso, a adoção de programas preventivos continuados em escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental tem mostrado ser uma das medidas efetivas na prevenção do consumo de álcool e drogas e na redução da violência social(bullying),assim como na escola.
Cristiane F. X. Teixeira, fisoterapeuta da Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência (SEPED),  traz suas contribuições para o tema conforme seus conhecimentos e práticas dentro do hospital: ela revela que o reconhecimento da família e seu envolvimento no processo de modificação do estilo de vida da criança, bem como o suporte da escola são de fundamental importância. è o conjunto de atividade física, alimentação correta, suporte familiar e psicológico que dão bases para se combater a obesidade infantil e o bullying.   A falta de informações e conscientização levam a erros de condutas e preconceitos, por esse motivo é importante que todos estejam envolvidos na identificação e combate ao bullying.

FONTE:  por Ana Regina Caminha Braga e couatoras: Cristiane Teixeira, Juliana Batista Lima, Lorena Faria Loureiro e Lucinda de S.Caminha.





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